O vento gelado tocava seu rosto no sexto inverno que passava sem ela. Na mesma praça onde se conheceram ele insistia em sentar e apenas por alguns minutos lembrar-se de seus belos momentos, dos doces beijos, dos abraços carinhosos e de todas as vezes que haviam se entregado um ao outro.
Mesmo após muito tempo ele não a esquecerá e sonhava todas as noites que ela havia voltado para seus braços, mas ele sabia que eram apenas sonhos, e que esses sonhos nada pertenciam a realidade.
Em certo dia quando ele foi à praça, naquele banco onde haviam se amado tantas vezes havia uma rosa linda e vermelha do lado do banco, uma rosa que nunca havia visto antes, lagrimas escorreram de seus olhos, era como se ele sentisse o seu cheiro novamente, viu aquela rosa como um sinal que o seu amor com ela ainda estava vivo.
Passou a frequentar a praça todos os dias, e a rosa parecia estar cada vez mais viva e bonita, ele a observava durante horas, sem se cansar.
Certo tempo se passou, ele chegou à praça e a rosa não estava mais lá, havia sinais que a rosa teria sido cortada, ele ficou desesperado, pois, a única prova de amor real que ainda existirá foi cortada, foi ai que ele se lembrou do dia da morte de sua amada, quando ela o viu beijando outra e sem pensar duas vezes cortou os dois pulsos e morreu... E aquela única rosa que havia encontrado na praça era apenas um chamado para ele ir aonde nunca teve coragem: no tumulo de sua amada. Quando chegou ao cemitério viu várias rosas vermelhas ao redor da sepultura, mas com um, porém... Todas estavam murchas!
Autoria: Fabíola Cristina Rambo
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