quarta-feira, 6 de abril de 2011

O dia de amanhã







Carol tinha 17 anos, morava em uma cidadezinha pacata, estava quase terminando o colegial para ir para a faculdade em uma cidade distante, cursar medicina, morava com seus pais e era filha unica. As aulas terminaram ela se despediu e pegou o ônibus, chegando lá se hospedou em uma república com várias pessoas. Todos a receberam com carinho, mostraram a casa, seu quarto e saíram para conhecer a cidade.
 No dia em que começou as aulas em meio a tantos universitários gatos um somente um lhe chamou atenção, ele era moreno, alto, forte e tinha belos olhos azuis, seu nome era Bruno, quando ela viu  ele  ficaram se olhando fixamente e um arrepio tomou conta de seus corpos. Com o tempo eles foram se conhecendo melhor e viraram grandes amigos.
 Em um dia de chuva Bruno leva Carol para a república e ela o chama para entrar, quando entram percebem que não havia ninguém em casa, beberam uma caipirinha e por acidente acontece o primeiro beijo entre os dois, esse beijo virou uma coisa mais intensa, mais forte que invadiu a lavanderia e terminou em sexo.
 Carol nem imaginava que Bruno era casado e tinha dois filhos ela estava totalmente cega de amor. Se viam com frequência, nos fins de semana iam para a balada com uns amigos e depois davam um jeito de acabar saindo juntos. Ele estava loucamente apaixonado por ela, mas não abria mão de sua família, pois seus filhos ainda pequenos sofreriam muito com a separação.
 O tempo foi passando e a esposa de Bruno estava cada vez mais desconfiada de suas noitadas nos fins de semana, já Carol nem imaginava que estava completamente envolvida e apaixonada por um homem casado há 7 anos.
 Um dia a esposa de Bruno viu uma mensagem no celular dele que dizia "Sem você eu sou como o mundo sem ar, não consigo viver sem ti. Te amo para todo o sempre". Eles brigaram muito neste dia, mas ela não pensou em lagar Bruno, pois não queria destruir sua família e continuo com ele. O tempo foi passando e as brigas aumentando.
 Bruno traía sua esposa com Carol a quase 3 anos.
 Um certo dia Bruno resolveu levar sua esposa e seus dois filhos a uma lanchonete, mas nem imaginava ele o que lhe esperava naquela noite. Tudo estava tão traquilo e alegre entre Bruno e sua família, até que de longe ele avista um sorriso, aquele sorriso que para ele era o mais lindo de todos, aquele sorriso que tanta vezes ele havia admirado, Bruno tentou se esconder e disfarçar, mas foi inevitável, Carol sentia sua presença apenas pelo cheiro, ela olhou para ele e viu aquelas lindas crianças inocentes chamando Bruno de pai, ficou paralisada por 5 segundos, era como se o mundo inteiro estivesse desabando ali na sua frente, uma lágrima escorreu pelos seus olhos e dali saiu correndo, chorando, desesperada sem saber o que fazer, passava pelas pessoas como se não as visse, e ao atravessar a rua sem olhar para os lados foi atropelada por um carro, foi jogada para o alto e depois caiu desmaiada no chão com um enorme corte na cabeça, foi levada as pressas para o hospital, foi diagnosticado um traumatismo craniano apesar de vários esforços dos médicos ela veio a falecer. Bruno ao saber da noticia saiu desesperado e foi até o hospital deixando sua esposa e filhos sozinhos na lanchonete, quando chegou quase não acreditou que Carol estava morta, ele começou a gritar, dava socos na parede e se perguntava o porque de tudo isso, gritando e implorando para Deus levar ele e deixar ela viver, pediu para vê-la uma ultima vez chegando no quarto pegou em sua mão que estava meio fechada e encontrou um papel que dizia o seguinte: "A dor de te ver com outra não suportei, na frente de um carro eu me joguei, espero que você me entenda que por amor eu me matei. Te amarei eternamente."
 Bruno foi para casa se trancou no escritório pegou sua arma no cofre, lembrou de todos os momentos vividos com Carol apontou para seu peito e num tiro certeiro acertou seu coração provocando uma morte imediata.

Lembre-se sempre, por mais traçada que possa ser o seu caminho, sempre pode ter uma pessoa que poderá mudá-la.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Se o passado voltasse


 A adolescência é o período em que tudo acontece, as descobertas, paixões, aquela fase de novas amizades, namoro, festas e paqueras. Tudo sendo relacionado a uma unica palavra "curtição" , é a fase em que quando chega segunda feira você já sabe o que vai fazer no próximo fim de semana. Parece que se você ficar em casa um fim de semana você estará perdendo 10 anos da sua vida. Ai quando os pais pedem se ja vai sair de novo sempre uma resposta pronta, que estuda e trabalha a semana inteira e chega sábado é dia de sair. É antes de sair de casa como o todo final de semana a mãe faz questão de falar "juízo" para a filha.
 Até que em questão de uma noite de sua vida descobre que está grávida, só nessa hora que ela lembra de tantas vezes que sua mãe falou "juízo" em questão de minutos passa coisas em sua cabeça, coisas que ela nunca iria precisar de preocupar e agora terá que pensar na sua vida dividida em duas. Mas já é tarde, aconteceu, e com tanta proteção que existe hoje em dia, ainda acontece muito e não se sabe quando irá acabar. E agora o que ela vai fazer, se contar para os pais eles vão expulsá-la de casa e o pai da criança não vai assumir, ela procura sua melhor amiga, para pedir conselhos e ela o que vai falar, ambas com 17 anos, mas mesmo assim a melhor amiga se dispõe a ficar do seu lado dependendo do que ela iria fazer. A garota começa a beber e enche a cara provocando um aborto. E agora sua vida voltava a ser como antes, festas, sexo, bebidas, até que vários dias depois ela começou a passar mal, seus pais a levaram no médico e o resultado dos exames deram positivos ao vírus HIV. 
 Anos mais tarde ela vem a falecer, o vírus tinha se alastrado muito depressa , e aquela melhor amiga, aquela companheira de festas foi a unica que em meio de tantas rosas brancas colocou uma linda rosa vermelha em cima de seu caixão como a ultimo pedido, pedia para ela a esperar que um dia em algum lugar elas iam se encontrar.


Créditos (musica) : Ângela Remonti
Créditos: Vanessa Helmich
OBS: Essa historia não é verídica.